sexta-feira, 13 de março de 2020

Livro: Enquanto eu respirar

Certamente, um dos livros mais inspiradores que já li.
AnaMi e Renata, do Instagram @paliativas, ensinam que viver da melhor forma possível deveria ser a meta de qualquer pessoa, e não apenas de quem tem um diagnóstico de terminalidade.

“[...] é possível ressignificar uma vida inteira quando você descobre o óbvio: a vida acaba pra todo mundo, saudável ou não” (p. 14).

“E nessa de viver nosso último dia todo dia, percebemos o quanto tudo tem um sabor especial. Acreditem, entender que a vida acaba é a ferramenta de empoderamento e autoconhecimento mais incrível de todas (e ninguém precisa de câncer pra isso). Não há tempo a perder. Não há sentimento a ser desperdiçado. Viver é prioridade” (p. 79).

“Não adianta cortar o açúcar e nutrir ódio. Não adianta correr 15 quilômetros por dia e fugir de si mesma. Não adianta pagar o médico mais caro que não tá nem aí pra quem você é. Não adianta ter dinheiro e ser vazio. Não adianta barganhar com Deus o seu merecimento e seguir isolada na ilha do ego. Não adianta beber litros de suco verde enquanto o veneno do julgamento escorre no canto da boca. Não adianta espernear pelo milagre se nem ao menos consegue reconhecê-lo na beleza de mais um dia.
Abra os olhos!
Você tem que se cuidar não pra ‘prevenir’ ou curar o câncer. Você tem que se amar pra VIVER bem. Pra respeitar o corpo que habita. Pra fazer as escolhas que façam sentido pra VOCÊ” (p. 159).

“Tem algo de muito perigoso no espaço do que não existe. É um planeta paralelo, governado pelo deus ‘e se’ e capaz de roubar horas preciosas de um dia real. [...] E se tivesse escolhido outro caminho? [...]
Minha resposta é sempre a mesma.
Não sei. Não importa!
Só sei responder sobre a vida que é a minha. Pelas escolhas que fiz. Pelos caminhos que percorri. Pelas lágrimas que derramei. Pelo que foi. Pelo que é. Simples assim. O que cabe a mim está no real que habito hoje. Amanhã, já não sei. A graça está na impermanência. No frio na barriga em cada salto no invisível. Pode ser que seja bom. Pode ser que não seja. Pode ser que nem exista. Tudo tem o seu presente pra ser vivido” (p. 170-171).



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