domingo, 30 de setembro de 2018

"Desejo que a sua vida inteira seja abençoada, cada pequenino trecho dela, 
em toda a sua extensão. Que cada bênção abrace também as pessoas que ama 
e seja tão vasta que leve abraço a outros tantos seres, sobretudo àqueles 
que mais sofrem, seja lá por que sofrem. 

Desejo que os nós que apertam 
o seu coração sejam gentilmente desatados e que os sentimentos 
que os formaram se transformem na abertura capaz de criar belos laços de afeto. 

Desejo que o seu melhor sorriso, esse aí tão lindo, 
aconteça incontáveis vezes pelo caminho. 
Que cada um deles crie mais espaço em você.
 Que cada um deles cure um pouco mais o que ainda lhe dói. 
Que cada um deles cante uma luz que, mesmo que ninguém perceba, 
amacie um bocadinho as durezas do mundo.

Desejo que volte para o seu mar quantas vezes forem necessárias 
até encontrar o seu tesouro. Que quando encontrá-lo, não seja avarento. 
Que descubra maneiras para compartilhar a sua felicidade, 
o jeito mais gostoso para se expandir a riqueza. 

Desejo que quando os ventos da mudança ventarem mais forte, 
e sentir medo de ser carregado junto com tudo o que parecerem arrastar,
 você já conheça o lugar onde nada pode arrastá-lo. 
Que já saiba maneiras de respirar mais macio, quando as circunstâncias 
lhe encurtarem o fôlego. Que, com o passar do tempo, a sua alma 
se torne cada vez mais maleável, mas que seja firme o bastante 
para nunca desistir de você.

Desejo que tudo o que mais lhe importa floresça. 
Que cada florescimento seja tão risonho e amoroso que atraia os pássaros 
com o seu canto, as borboletas com as suas cores, o toque do sol
 com seu calor mais terno, e a chuva que derrama de nuvens infladas de paz. 

Desejo que, mais vezes, além de molhar só os pés, você possa entrar na praia 
da poesia da vida com o coração inteiro e brincar com a ideia 
que cada onda diz. Que, ao experimentar um caixote ou outro,
 não se arrependa por ter entrado na água, nem desista de brincar. 
Todo mundo experimenta um caixote ou outro, às vezes um monte deles, 
quando se arrisca a viver. O outro jeito é estar morto. O outro jeito é não sentir.

Desejo que não tenha tanta pressa que esqueça de colher estrelas com os olhos 
nas noites em que o céu vira jardim, e levar para plantar no seu coração 
as mudas daquelas mais luzentes. Que tenha sabedoria 
para encontrar descanso e alimento nas coisas mais simples da vida. 
Que a cada manhã a sua coragem acorde bem juntinho de você, sorria pra você, 
e o convide para viverem uma história toda nova, apesar do cenário 
aparentemente costumeiro. Que tenha saúde no corpo, 
saúde na alma, saúde à beça.

Desejo que encontre maneiras para se fazer feliz no intervalo entre o instante
 em que cada dia acorda e o instante em que ele se deita pra dormir, 
porque a verdade é que a gente não sabe se tem outro dia. 
Que quanto mais passar a sua alma a limpo, mais descubra, mais desnude, 
mais partilhe, com medo cada vez menor, a beleza que desde sempre você é. 
Que se sinta livre e louco o bastante pra deixar a sua essência florir.

Não importa quanto tempo passe, não importa onde eu esteja, 
não importa onde esteja você, abra os olhos pra dentro e ouça: 
o meu coração estará dizendo esta mesma prece de amor para o seu. 
Amor incondicional, exatamente como neste instante.
 Não importa o quanto a gente mude, o quanto a distância aparente nos afastar, 
isto que sinto por você, eu sei, não muda nunca mais.

- Ana Jácomo


sábado, 29 de setembro de 2018

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

"Gaste seu amor. Usufrua-o até o fim. Enfrente os bons e os maus momentos, 
passe por tudo que tiver que passar, não se economize. 
Sinta todos os sabores que o amor tem, desde o adocicado do início
 até o amargo do fim, mas não saia da história na metade. 
Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo, fechando o próprio ciclo. 
Isso é que libera a gente para ser feliz de novo."

- Martha Medeiros


quinta-feira, 27 de setembro de 2018

"Se a vida é uma história, mesmo que você tropece em uma vírgula
ou caia em algum ponto final, não desista dos próximos capítulos".
- Aquele eita

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

"E eu tenho esta vida que é toda minha. Absolutamente sob minha responsabilidade. E quando eu erro, às vezes, acabo acertando, às vezes termino arrependida, mas eu tento, sempre tento. E avanço mesmo quando isto significa dar uma pausa e esperar, pois o tempo certo é o tempo do tempo mesmo e o que é melhor nem sempre é o que se anseia avidamente.

Felicidade é uma bestagem dessas: matar saudade, matar a fome com aquilo que se tem vontade, perder o medo, conquistar um amigo, encontrar um amor, mas estar totalmente inteiro no lugar que se escolheu. E querer bem: a si, ao Outro, ao Mundo. Um bem-querer que inunda tudo. E sossegar nossas paixões para, quando tivermos de lançar mão delas, nos mover com voracidade em direção àquilo que se quer, porque é justo e merecido.

Felicidade é receber uma boa notícia: um bocado de alegria inusitada que só poderia ser minha porque eu tenho esta vida onde eu vivo inteira. Esta é minha riqueza e quem cuida dela sou eu: me decepciono, me iludo, me machuco, erro, acerto, amo demasiado, tenho ímpetos de fúria, fomes de solitude, vontades insaciáveis de mato, água doce e salgada, sol e chuva. Eu tenho apetite de sonhos novos. E escrevo, escrevo, escrevo sobre a dor ou sobre a saudade, mas sempre tentando viver e imprimir nas palavras, afeto, esperança, sobriedade.

Eu vivo em pleno estado de GRATIDÃO.

Desejo boas notícias".

- Marla de Queiroz


terça-feira, 25 de setembro de 2018

"Às vezes é quase impossível. Mas é isso que precisamos levar.
Que vai dar tudo certo. Que vamos chegar lá. Que a vida sempre compensa.
Porque quando perdemos a fé, nós já não temos mais nada".

- Daniel Duarte - Siga os balões  

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

"Coisa bem diferente teria sido a vida para ambos se tivessem sabido a tempo 
que era mais fácil contornar as grandes catástrofes matrimoniais 
do que as misérias minúsculas de cada dia. 
Mas se alguma coisa haviam aprendido juntos era que a sabedoria nos chega
 quando já não serve para nada”. 

- Gabriel Garcia Marquez in "Amor nos tempos de Cólera"


domingo, 23 de setembro de 2018

sábado, 22 de setembro de 2018

"A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos, 
cada um com seu signo e sentimento, uns com os outros 
acho que nem não misturam. [...] Tem horas antigas que ficaram muito mais perto 
da gente do que outras, de recente data"

- Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas, citado por Rubem Alves
 no livro "O amor que acende a lua", p. 167.


sexta-feira, 21 de setembro de 2018

"Bom é perceber que mesmo diante da correria da vida, dos trabalhos, 
da distância e muitas vezes da ausência de tempo, a amizade 
quando é verdadeira continua a mesma. 
Embora doída pela falta da assiduidade, todos continuam sempre por perto, 
ombro, ouvido, conselhos e coração.
Amizade, o poderio em amor que perdura vida!"

- Patrícia Costa


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

"Aqui digo: que se teme por amor; 
mas que, por amor, também, é que a coragem se faz. 

- Guimarães Rosa in Grande Sertão: Veredas


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

"Deu aquela risada forçada,
beijou de mentirinha,
Disse obrigado, obrigado,
Cultivou só flores de plástico,
Nadou só na parte rasa ...
Fechou os olhos pela última vez
Sem nunca tê-los aberto de verdade".

terça-feira, 18 de setembro de 2018

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

"Você está preocupado demais com o que passou e com o que será.
Há um ditado que diz: Ontem é história, amanhã é mistério.
Mas o hoje é uma dádiva, e, por isso, é chamado de presente".  

domingo, 16 de setembro de 2018

"A alma, no seu lugar mais profundo, é uma cena de felicidade. 
Viver é sair por aí, procurando a cena feliz [...].

Quando te vi amei-te já muito antes,
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci para ti antes de haver o mundo 
(Fernando Pessoa)

Amamos uma pessoa porque a sua imagem se insere na cena de felicidade 
que havia na memória 'antes de haver o mundo' ... A paixão acontece
 quando o rosto real à minha frente coincide, na minha fantasia, 
com a imagem perdida que busco (para completar a cena)". 

- Rubem Alves em "O amor que acende a lua", p. 143.


sábado, 15 de setembro de 2018

"Os poetas sabem que a alma não deseja ir para a frente.
A alma é movida pela saudade.
A saudade não deseja ir para a frente.
Ela deseja voltar.
Andar para a frente pode ser um equívoco."

- Rubem Alves in “O amor que acende a lua"


sexta-feira, 14 de setembro de 2018

"A Morte não é algo que nos espera no fim. 
É companheira silenciosa que fala com voz branda, sem querer nos aterrorizar, 
dizendo sempre a verdade e nos convidando à sabedoria de viver. 
A branda fala da Morte não nos aterroriza por nos falar da Morte.
 Ela nos aterroriza por nos falar da Vida. Na verdade, a Morte 
nunca fala sobre si mesma. Ela sempre nos fala sobre aquilo 
que estamos fazendo com a própria Vida, as perdas, os sonhos 
que não sonhamos, os riscos que não tomamos (por medo), os suicídios lentos 
que perpetramos. Embora a gente não saiba, a Morte fala com a voz do poeta. 
Porque é nele que as duas, a Vida e a Morte, encontram-se reconciliadas, 
conversam uma com a outra, e desta conversa surge a Beleza... 
Ela nos convida a contemplar a nossa própria verdade. 
E o que ela nos diz é simplesmente isto: 
'Veja a vida. Não há tempo a perder. É preciso viver agora! 
Não se pode deixar o amor para depois...'."

- Rubem Alves



quinta-feira, 13 de setembro de 2018


"A literatura ajuda-nos não a nos conformarmos com o horror que o mundo tem, 
mas sim a sonhar com a beleza que o mundo pode ter." 
- Mario Vargas Llosa

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

A alma do outro - Lya Luft

"A alma do outro é uma floresta escura”, disse o poeta Rainer Maria Rilke, 
meu único autor de cabeceira.
A vida vai nos ensinando quanto isso é verdade. 
Pais e filhos, irmãos, amigos e amantes podem conviver décadas a fio, 
podem ter uma relação intensa, podem se divertir juntos e sofrer juntos, 
ter gostos parecidos ou complementares, ser interessantes uns para os outros, superar grandes conflitos – mas persiste o lado avesso, o atrás da máscara, 
que nunca se expõe nem se dissipa.

Nem todos os mal-entendidos, mágoas e brigas se dão porque somos maus, 
mas por problemas de comunicação. 
Porque até a morte nos conheceremos pouco, porque não sabemos como agir. 
Se nem sei direito quem sou, como conhecer melhor o outro, meu pai, meu filho, 
meu parceiro, meu amigo – e como agir direito?

[...] nos mal-entendidos reside muito sofrimento desnecessário.
Amor e amizade transitam entre esses dois “eus” que se relacionam 
em harmonia e conflito: afeto, generosidade, atenção, cuidados, 
desejo de partilhamento ou de vida em comum, vontade de fazer e ser um bem,
 e de obter do outro o que para a gente é um bem, o complicado respeito 
ao espaço do outro, formam um campo de batalha e uma ponte. 

Pontes podem ser precárias, estradas têm buracos, 
caminhos escondem armadilhas inconscientes que preparamos 
para nossos próprios passos em direção do outro. 
O que está mergulhado no inconsciente é nosso maior tesouro 
e o mais insidioso perigo.Pensar sobre a incomunicabilidade 
ou esse espaço dela em todos os relacionamentos significa pensar no silêncio: 
a palavra que devia ter sido pronunciada, mas ficou fechada na garganta 
e era hora de falar; o silêncio que não foi erguido no momento exato – 
e era o momento de calar.

Mas, como escrevi várias vezes, a gente não sabia. 
É a incomunicabilidade, não por maldade ou jogo de poder, 
mas por alienação ou simples impossibilidade. Anos depois poderá vir a cobrança: 
por que naquela hora você não disse isso? 
Ou: por que naquele momento você disse aquilo?

Relacionar-se é uma aventura, fonte de alegria e risco de desgosto. 
Na relação defrontam-se personalidades, dialogam neuroses, esgrimem sonhos
 e reina o desejo de manipular disfarçado de delicadeza, necessidade ou até carinho.
 Difícil? Difícil sem dúvida, mas sem essa viagem emocional 
a existência é um deserto sem miragens.

No relacionamento amoroso, familiar ou amigo acredito que partilhar a vida 
com alguém que valha a pena é enriquecê-la; permanecer numa relação desgastada 
é suicídio emocional, é desperdício de vida. 
Entre fixar e romper, o conflito e o medo do erro.

Somos todos pobres humanos, somos todos frágeis e aflitos, 
todos precisamos amar e ser amados, mas às vezes laços inconscientes 
enredam nossos passos e fecham nosso coração. A balança tem de ser acionada: 
prevalecem conflitos ásperos e a hostilidade, ou a ternura e aqueles conflitos 
que ajudam a crescer e amar melhor, a se conhecer melhor e melhor enxergar 
o outro? O olhar precisa ser atento: mais coisas negativas ou mais gestos positivos?
 Mais alegria ou mais sofrimento? Mais esperança ou mais resignação?
Cabe a cada um de nós decidir, e isso exige auto-exame, avaliação. 

Posso dizer que sempre vale a pena, sobretudo vale a pena apostar 
quando ainda existe afeto e interesse, quando o outro continua sendo um desafio
 em lugar de um tédio, e quando, entre pais e filhos, irmãos, amigos ou amantes, 
continua a disposição de descobrir mais e melhor quem é esse outro, 
o que deseja, de que precisa, o que pode – o que lhe é possível fazer.

Em certas fases, é preciso matar a cada dia um leão; em outras, estamos num oásis. 
Não há receitas a não ser abertura, sinceridade, humildade que não é rebaixamento.
 Além do amor, naturalmente, mas esse às vezes é um luxo, 
como a alegria, que poucos se permitem.

Seja como for, com alguma sorte e boa vontade a alma do outro 
pode também ser a doce fonte da vida. 

- Lya Luft


terça-feira, 11 de setembro de 2018

domingo, 9 de setembro de 2018

"Nossa liberdade é parcial, todos sabem. Não me refiro ao país, e sim à nossa liberdade individual, minha e sua. Sempre que toco nesse assunto me vem à cabeça aquela frase que citei outras vezes: 'O máximo de liberdade que podemos almejar é escolher a prisão em que queremos viver.' É isso aí. E quais são essas prisões? Pode ser um casamento, ou, ao contrário, um compromisso com a solidão. Pode ser um emprego ou uma cidade que não conseguimos abandonar. Pode ser a maternidade. Pode ser a política. Pode ser o apego ao poder. Enfim, todas as nossas escolhas, incluindo as felizes, implicam algum confinamento, em alguma imobilidade, e não há nada de errado com isso, simplesmente assim é a vida, feita de opções que nos definem e nos enraízam.


Mas às vezes exageramos. Costumamos nos acorrentar também a algumas certezas e pensamentos como forma de dizer ao mundo quem somos. É como se redigíssemos uma constituição própria, para através dela apresentar à sociedade nossos alicerces: sou contra o voto obrigatório, sou a favor da descriminação das drogas, sou contra a pena de morte, sou a favor do controle de natalidade, sou contra a proibição do aborto, sou a favor das pesquisas com célula-tronco. Esse é apenas um exemplo de identidade que forjamos ao longo da vida. Você deve ter a sua, eu tenho a minha.

Dá uma segurança danada saber exatamente o que queremos e o que não queremos, no que cremos e no que desacreditamos. Mas onde é que está escrito, de fato, que temos que pensar sempre a mesma coisa, reagir sempre da mesma forma?

Ao trocar de opinião ou de hábitos, infringimos nossas próprias regras e passamos adiante uma imagem incômoda: a de que não somos seres confiáveis. As pessoas à nossa volta já haviam aprendido tudo sobre nós, sabiam lidar como nossos humores e nossos revezes, estava tudo dentro do programa e, de repente, ao mudarmos de ideia ou fazermos algo que nunca havíamos feito, subvertemos a ordem natural das coisas.

Quando visito algumas escolas, encontro estudantes um pouco assustados com as escolhas que farão e que lhe parecem definitivas. Tento aliviá-los: pensem, repensem, mudem quantas vezes vocês quiserem, é permitido voltar atrás. Digo isso porque eu mesma já reprimi muito meus movimentos, minhas alternâncias, numa época em que eu achava que uma pessoa séria tinha que morrer com suas escolhas. Ainda há quem considere leviana a pessoa que se questiona e se contradiz, mas já bastam as prisões necessárias - para que cultivar as desnecessárias?

Optei pelas medidas provisórias. Por isso, todos os anos eu faço uns picotes na minha constituição imaginária e jogo os pedacinhos de papel pela janela: é assim que comemoro o Dia da Independência. Da minha". 


- Martha Medeiros



sexta-feira, 7 de setembro de 2018

"Escolher o amor é encontrar e descobrir quem é para nós. Isto não quer dizer apontar quem pode ser um bom marido, uma boa esposa, o amante, a namorada. Tem a ver com intuição e eleição. E independência.

Sim, escolher o amor é exercer a independência. E, em nome desta independência, serão aceitas todas as dependências naturais, aderentes à relação. Parece contraditório, contudo não é. Só quem está inteiro na sua escolha e é total na direção de seu destino aceita as inevitáveis dependências naturais na vida e no amor. É que, na escolha do amor, está o encontro com a verdade individual e profunda de cada ser, uma verdade sem disfarces, que liberta.

Quem chegou ao amor por independência terá aceito a carga de sofrimentos, sustos, solidão e agressões aí originados. Não considera dependentes certos atos em prol do ser amado que, em outro contexto, seriam feitos com sacrifício, ou pareceriam servidão. E, assim livre, consegue ser feliz nas dependências naturais do amor.

Como o amor, a independência é filha da crise. Escolher caminhos ou pessoas é sempre crise, é conflito. Implica abrir mão, deixar, renunciar, abandonar, para operar a (nova) escolha. E o que se deixa, larga ou abandona, também dói, fere, dá culpa, sobretudo se não nos é indiferente ou descartável.

Escolher é, pois, viver a crise. Também. O verdadeiro sentido da palavra crise é dividir, separar. Provém do grego krisis. Krisis é o ato de escolher, de separar, de julgar. É escolha, julgamento, eleição, divisão. Ao ter que escolher, somos tomados por uma crise, vale dizer, por uma divisão. O fato de estar dividido, fragmentado pelos vários pólos de cada escolha é um ato crítico. Crise é, portanto, uma situação completa de escolha de caminhos ou decisões.

Não há independência sem crise. Logo, não há amor sem crise. E o amor só se torna feliz, se pode escolher e ser escolhido num misterioso ato completo de liberdade".

- Arthur da Távola


quinta-feira, 6 de setembro de 2018

"Carregar o peso da opinião alheia é um esforço desnecessário.
Seja leve".

- Diego Vinicius

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

"Com medo de perder quem se gosta, cultiva-se a arrogância da covardia. 
Protege-se o outro da verdade que mostrará a nossa fragilidade e imperfeição, 
que destruirá a idealização e colocará a nossa conduta em xeque. 
A ameaça da separação sempre é maior do que a sinceridade.


É preciso entender que a intimidade é amar com todos os sentimentos, 
bons e ruins, não apenas com as melhores intenções. 
Ao esconder partes significativas e desagradáveis da personalidade, 
estaremos traindo o futuro a dois. Não adianta ser cúmplice somente naquilo 
que nos favorece, e boicotar o que nos prejudica.

A vergonha de sofrer na hora trará mais sofrimento depois. 
Ser inteiro significa também decepcionar".

- Fabrício Carpinejar


terça-feira, 4 de setembro de 2018

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

"Se alguém está tão cansado que não possa te dar um sorriso,
deixa-lhe o teu".

- Provérbio chinês

domingo, 2 de setembro de 2018

"...não me entenda mal, mas é que a gente tem tanto medo de penetrar naquilo 
que não sabe se terá coragem de viver.
(...)
você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, 
assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você 
esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, 
talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, 
mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou 
a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar 
todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente..."

- Caio Fernando Abreu in Para uma avenca partindo





sábado, 1 de setembro de 2018

"E a felicidade, ainda que tardia, deve ser conquistada.
E que ninguém aceite as migalhas do cotidiano".

- Sérgio Vaz 

"E a gente vai vivendo e aprendendo que o que temos de mais precioso não é o que nossas mãos alcançam, mas o que o nosso coração abraça...