sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O silêncio das montanhas

Acabei de ler "O silêncio das montanhas" ontem. Hosseini, mais uma vez, não tem o menor pudor em partir o coração do leitor, abrindo mão de finais felizes e optando por falar das dores, sim, que fazem os personagens se humanizarem ainda mais. Embora a história principal seja dos irmãos Abdullah e Pari, separados na infância e que um dia se reencontram, mas não como imaginaram, outras histórias paralelas mostram o peso das escolhas a longo prazo ... Os amores que não acontecem como esperamos, mas nem por isso deixam de ser amor. Algumas me deram a sensação de que ficou faltando o desfecho, mas isso também acontece na vida real, não? Recomendo.

Sem querer entrar em detalhes, um dos momentos que mais me doeram foi o reencontro de uma velha lata de chá.

"O tempo é como um encantamento. A gente nunca tem o quanto imagina". 

"- [...] Ninguém podia ver você, só eu. Eu contava tudo a você. Todos os meus segredos. Para mim, você era real, estava sempre bem perto. Eu me sentia menos só por sua causa. Como se fôssemos contrapartes. [...] Eu costumava nos imaginar como duas folhas, sopradas pelo vento a quilômetros de distância, mas ainda ligadas pelas raízes profundas e emaranhadas da árvore de onde havíamos caído.
- Para mim, aconteceu o contrário. Você diz que sentia uma presença, mas eu sentia somente uma ausência. Uma dor vaga, sem uma fonte definida. Era como um paciente que não consegue explicar ao médico onde dói. Mas dói."


Um comentário:

"E a gente vai vivendo e aprendendo que o que temos de mais precioso não é o que nossas mãos alcançam, mas o que o nosso coração abraça...