sexta-feira, 8 de agosto de 2014


Eu, Luciana, olho uma mandala e 'vejo' em seu centro meu eu. 
Em volta, aquelas características que são tão minhas - qualidades, defeitos, manias, loucuras, coragens. 
Em outra parte, mas paralelamente, as pessoas que amo - família, amigos, aqueles que fazem parte da minha constituição como pessoa. Mais uma camada, e vejo minhas escolhas, paixões, crenças e sonhos. Mais adiante, minha relação com o mundo. Meus livros, meus filhos, meus filmes, meus lápis ... 
Tudo se complementa, vejo tudo a partir desta construção, mutável e que vai crescendo, se renovando a cada dia.
Às vezes, fico trancada em mim. Outras vezes, me expando, vou pra Curitiba, Minas Gerais e outros tantos lugares do mundo que quero conhecer.
Às vezes tão colorida, outras em preto e branco.
Porque tudo que existe veio de fora, mas isso se mescla de forma única em nós. Só existe um de cada ser humano.
Mandala, você me representa! Ponto pro Jung!



"Expressão por excelência da totalidade psíquica é a mandala. Mandala, palavra sânscrita, significa círculo, ou círculo mágico. Seu simbolismo inclui toda imagem concentricamente disposta, toda circunferência ou quadrado tendo um centro e todos os arranjos radiados ou esféricos. O centro da mandala representa o núcleo central da psique (self), núcleo que é fundamentalmente uma fonte de energia. 

'A energia do ponto central manifesta-se na compulsão quase irresistível para levar o indivíduo a tornar-se aquilo que ele é, do mesmo modo que todo organismo é impulsionado a assumir a forma característica de sua natureza, sejam quais forem as circunstâncias'(Jung)."

- Nise da Silveira em Jung- Vida e Obra (p. 106) 


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