quarta-feira, 14 de março de 2018

"Nós nos apaixonamos esperando não encontrar no outro o que sabemos 
estar em nós mesmos - toda a covardia, fraqueza, preguiça, desonestidade,
comprometimento e estupidez bruta. Jogamos um laço de amor sobre o escolhido,
e decidimos que tudo o que cair dentro de algum modo estará livre
 de nossos defeitos e, portanto, digno de ser amado.
Localizamos no outro uma perfeição que nos ilude dentro de nós mesmos, 
e por meio da união com o amado esperamos de alguma forma 
manter (contra evidências de todo o autoconhecimento)
uma fé precária na espécie".

- Alain de Botton em "Ensaios de amor" (p. 19).


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