domingo, 7 de março de 2021

Livro: Talvez você deva conversar com alguém" - Lori Gottlieb

 

"O que este livro pergunta é: 'Como mudamos?', e o que ele responde é: 'Ao nos relacionarmos com os outros'. As relações que descrevo aqui, entre terapeutas e pacientes, exigem uma confiança sagrada para que possa ocorrer qualquer mudança" (p. 06).

"Como terapeuta, sei muito sobre dor, sobre as maneiras como a dor está ligada à perda. Mas também sei algo menos entendido normalmente: que a mudança e a perda andam juntas. Não podemos ter mudança sem perda, motivo pelo qual é tão frequente as pessoas dizerem que querem mudar, mas mesmo assim continuarem exatamente iguais" (p. 16-17).

"Nossa formação nos ensinou teorias, ferramentas e técnicas, mas pulsando sob nossa competência adquirida a duras penas está o fato de sabermos o quanto é difícil ser um indivíduo.  O que equivale a dizer: continuamos indo trabalhar diariamente sendo nós mesmos, com nosso próprio conjunto de vulnerabilidade, nossos anseios e inseguranças, bem como nossas próprias histórias.  De todas as minhas credenciais como terapeuta, a mais significativa é eu ser membro de carteirinha da raça humana" (p. 18).

"A maioria das grandes transformações resulta de centenas de pequenos passos, quase imperceptíveis, que damos ao longo do caminho" (p. 32).

"Seus sentimentos não precisam bater com o que você pensa que deveriam ser - ele explicou. [...] Quantas vezes eu tinha dito algo parecido a meus próprios pacientes? Mas aqui, sinto-me como se estivesse escutando isso pela primeira vez. 'Não julgue seus sentimentos; observe-os. Use-os como seu mapa. Não tenha medo da verdade' " (p. 76).

"Às vezes leva-se um tempo para admitirmos nossos próprios medos, principalmente para nós mesmos" (p. 145).

"É impossível crescer sem antes se tornar vulnerável" (p. 160).

"Pensei em como o arrependimento pode tomar um de dois caminhos: ou te algemar no passado, ou servir como mecanismo de mudança" (p. 184).




Um comentário:

"E a gente vai vivendo e aprendendo que o que temos de mais precioso não é o que nossas mãos alcançam, mas o que o nosso coração abraça...