sexta-feira, 31 de maio de 2019

“Olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia. 
Não temos amado, acima de todas as coisas. 
Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. 
Não temos nenhuma alegria que não tenha sido catalogada. 
Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. 
Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos.
Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. 
Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. 
Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. 
Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer a sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. 
Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar a nossa vida possível. 
Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. 
Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. 
Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. 
Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. 
Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. 
Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer «pelo menos não fui tolo» e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. 
Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. 
Temos chamado de fraqueza a nossa candura. 
Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. 
E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia”. 

- Clarice Lispector em “Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres” (p. 47-49 da edição da Rocco, 1998). 


quinta-feira, 30 de maio de 2019

quarta-feira, 29 de maio de 2019

"Milhares de pessoas podem acreditar em você, mas nada disso importa,
se você não acreditar em você mesmo".

terça-feira, 28 de maio de 2019

"Nos piores momentos, lembre-se: quem é capaz de sofrer intensamente, 
também pode ser capaz de intensa alegria”.

 - Clarice Lispector em "Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres" (p. 98-99). 


segunda-feira, 27 de maio de 2019

 “O principal é - ame aos outros como a si mesmo, eis o principal, só isso”.

- Fiódor Dostoiévski


domingo, 26 de maio de 2019

"Muitas vezes, o peso que uma pessoa precisa perder, 
não está em seu corpo".

- By Nina

sábado, 25 de maio de 2019

"Não permita que opiniões alheias te façam encontrar defeitos 
que nem existiam antes em você".

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Por @omeditante 
Seja a pessoa que quebra o ciclo. 
Se você foi julgado, escolha a compreensão. 
Se você foi rejeitado, escolha aceitação. 
Se você foi envergonhado, escolha a compaixão. 
Seja a pessoa que você precisava quando estava sofrendo, não a pessoa que te machucou. 
Prometa ser melhor do que aquilo que te quebrou 
- curar, em vez de se tornar amargo, para que você possa agir de acordo 
com seu coração, não com sua dor. 

- Lori Deschene


quarta-feira, 22 de maio de 2019

"Afinal uma vida não passa de uma série de pequenas vidas, vividas um dia por vez, 
e cada um desses dias invariavelmente envolve escolhas e consequências. 
Pedacinho por pedacinho, essas decisões ajudam a formar a pessoa que nos tornamos."

- Do Facebook da Editora Arqueiro

terça-feira, 21 de maio de 2019

"A gente nunca sabe se o amanhã vai chegar pra nós ou pras pessoas que a gente ama.
Por isso, ainda hoje, se importe, se declare, diga que sua vida é mais bonita por ter alguém ao seu lado. Quem inventou que a frieza é boa, esqueceu a delícia de um abraço quentinho. Amanhã é incerteza, é sei lá. Então que o agora seja amor".
- Drica Serra (A menina e o violão)  

segunda-feira, 20 de maio de 2019

“- Escreva as cartas do futuro, Leonard. Essas pessoas querem conhecê-lo. Sua vida ficará muito melhor. Eu lhe prometo isso. Apenas aguente como puder e acredite no futuro. Confie em mim. Esta é apenas uma pequena parte de sua vida” (p. 105).

Esta é uma das falas do professor Silverman para Leonard, um jovem que no dia do seu aniversário de 18 anos decide matar seu ex-melhor amigo e depois consumar seu suicídio.

Obviamente essa não é uma história fácil e pode ter gatilhos emocionais, mas nos faz mergulhar na complexidade de uma história de comportamento suicida. Só lendo o livro para saber o que aconteceu antes e depois do dia do 18o. aniversário de Leonard.

“Eu meio que prometo a mim mesmo que não matarei Asher Beal e nem a mim mesmo se ao menos Walt me disser ‘Feliz aniversário’, uma vez só, por mais tolo e trivial que isso possa parecer. Walt não diz, e isso me entristece” (p. 28).

Li pela primeira vez em 2016 e fiquei encantada com a proposta das cartas do futuro, tarefa que o professor Silverman passa como forma de incentivar a esperança em seus alunos.

Um trecho de uma das cartas de Leonard: “Você acredita no futuro agora. É fácil para você, porque ama o presente. [...] Seu passado - aquilo que você está experimentando atualmente - seria difícil para qualquer um suportar. Você teve de ser muito forte para conseguir chegar tão longe” (p. 36).

“- Minha vida vai melhorar? Você acredita mesmo nisso? - pergunto, embora eu saiba o que ele vai dizer [...] A maioria dos adultos simplesmente não é feliz, isto é um fato.
Mas eu sei que soará menos mentiroso vindo de Herr Silverman.
- É possível. Se você estiver disposto a fazer com que isso aconteça.
- Acontecer o quê?
- Não deixar o mundo destruí-lo. Essa é uma batalha diária” (p. 187).



domingo, 19 de maio de 2019

"Certas coisas, nós carregamos nas costas, só porque um dia significaram demais.
E nessas transformamos amor em fardo, tentando manter pessoas e cumprir sonhos que já não fazem mais sentido.
E sem perceber, perdemos a chance de escrever novas páginas, pra insistir numa história que já chegou ao fim".
- Daniel Duarte (Siga os balões)

sábado, 18 de maio de 2019

Gratidão - Oliver Sacks

« Gratidão » estava na minha lista há muito tempo e ontem ganhei da querida amiga Estela.

« Agora estou face a face com a morte, mas isso não quer dizer que não quero mais nada com a vida ».

Neste livrinho, Oliver Sacks faz uma reflexão em textos curtos sobre sua vida diante do diagnóstico de um câncer terminal.

« Não consigo fingir que não estou com medo. Mas meu sentimento predominante é a gratidão. Amei e fui amado, recebi muito e dei algo em troca, li, viajei, pensei, escrevi. Tive meu intercurso com o mundo, o intercurso especial dos escritores e leitores. Acima de tudo, fui um ser senciente, um animal que pensa, neste belo planeta, e só isso já é um enorme privilégio é uma aventura” (p. 30)

« [...] não creio em (nem desejo) uma existência após a morte, exceto na memória dos amigos e na esperança de que alguns dos meus livros ainda possam ‘falar’ às pessoas depois que eu morrer” (p. 18).

“Quem morre não pode ser substituído. Deixa lacunas que não podem ser preenchidas, pois é o destino - destino genético e neural - de todo ser humano ser um indivíduo único, encontrar seu próprio caminho, viver sua própria vida, morrer sua própria morte” (p. 30).

“E agora fraco, sem fôlego, os músculos antes firmes derretidos pelo câncer, encontro meus pensamentos cada vez mais, não no âmbito sobrenatural ou espiritual, e sim no que se quer dizer com levar uma vida boa, que valha a pena - alcançar a sensação de paz dentro de si mesmo. Encontro meus pensamentos rumando em direção ao Shabat, o dia de descanso, o sétimo dia da semana, e talvez o sétimo dia da nossa vida também, quando podemos sentir que nosso trabalho está feito e, com a consciência em paz, descansar” (p. 58).

*Na foto, também a caixinha com as digitais de pessoas queridas do grupo da Vila Mariana. Porque é isso que importa: as marcas que deixamos.



sexta-feira, 17 de maio de 2019

"Notas sobre ela
Felicidade
foi quando ela aceitou
a sua intensidade
e tomou banho de chuva
nas suas próprias tempestades".
- Zack Magiezi

quinta-feira, 16 de maio de 2019

"Não gosto de usar o verbo 'superar' para o processo de luto, porque ele não é um obstáculo a ser saltado. É uma experiência dolorosa, mas é para ser vivido" - Maria Helena Pereira Franco

quarta-feira, 15 de maio de 2019

"Melhore tudo dentro de você, para que tudo melhore ao redor dos seus passos".
- Chico Xavier

terça-feira, 14 de maio de 2019

"Não importa se você tem estilo, reputação ou dinheiro.
Se não tiver um bom coração, você não vai valer nada".

segunda-feira, 13 de maio de 2019


"Bom dia, Segunda-Feira!
Mais importante que a vontade de vencer é a coragem de começar".

domingo, 12 de maio de 2019

"Você percebe que é rica quando possui coisas na vida que não trocaria por dinheiro nenhum!"

sábado, 11 de maio de 2019

"Só passamos a existir quando alguém acompanha nossa existência, o que dizemos só passa a ter significado quando alguém consegue entendê-lo. 
Viver cercado de amigos é ter constantemente nossa identidade confirmada [...] 
Em seus pequenos comentários, muitas vezes importantes, [os amigos] revelam conhecer nossas fraquezas e aceitá-las e, dessa forma, por sua vez, aceitar que temos um lugar no mundo. [...] Epicuro [...] reconheceu que um punhado de amigos sinceros poderia prover o amor e o respeito que mesmo a riqueza não traz."

- Alain de Botton in "As consolações da Filosofia" (p. 73-74).


sexta-feira, 10 de maio de 2019

Livro: "Os quatro compromissos"

De acordo com Don Miguel Ruiz, a filosofia tolteca acredita que vivemos em um sonho coletivo e aprendemos a viver de acordo com as crenças que herdamos das gerações anteriores, muitas vezes sem questioná-las.

« Com medo de ser punidos e de não ganhar recompensas, passamos a fingir ser o que não somos apenas para agradar, só para sermos suficientemente bons para as outras pessoas » (p. 21).

« A morte não é o maior medo que os homens possuem; nosso maior medo é estar vivo. Assumir o risco de viver e de expressar o que somos na realidade »(p. 27).

« Existem centenas de compromissos que você firmou consigo mesmo, com as outras pessoas, com seu sonho de vida, com Deus, com a sociedade [...]. Contudo, os mais importantes são os que você fez consigo mesmo, dizendo quem você é, como se sente, no que acredita » (p. 30).

E quais são os compromissos que Ruiz propõe?
1. Seja impecável com sua palavra. “Impecável é sem pecado. O pecado começa quando você se rejeita”(p. 37).
« Sempre que escutamos uma opinião e acreditamos nela, estabelecemos um compromisso que se torna parte do nosso sistema de crenças » (p.40).

2. Não leve nada para o lado pessoal. “Você leva tudo para o lado pessoal porque concorda com o que está sendo dito” (p. 49).
« Então, se você fica bravo comigo, sei que está lidando consigo mesmo. Sou uma desculpa para você se irritar »(p. 52).

3. Não tire conclusões. « Tirar conclusões em relacionamentos é pedir problema. Frequentemente, presumimos que nossos parceiros sabem o que pensamos e que não temos necessidade de expressar nossos desejos »(p. 61).
Se você não compreende, pergunte” (p. 64).

4. Dê sempre o melhor de si.
“Assumir a ação é estar vivo. É assumir o risco de sair e expressar seu sonho. É diferente de impor seu sonho aos outros, porque todos têm o direito de expressar o próprio sonho» (p. 72).


quinta-feira, 9 de maio de 2019

quarta-feira, 8 de maio de 2019

"Às vezes você precisa ir contra o que outras pessoas esperam.
Agir diferente do que amigos ou familiares querem pode te trazer uma sensação de culpa
e não pertencimento, mas também uma enorme satisfação por saber que está fazendo o melhor 
para si e não para os outros".

- Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente

terça-feira, 7 de maio de 2019

"- E se eu estiver errado?
- E se você estiver certo?
- E se estivermos muito distante?
- E se for logo ali?
- E se não for como eu imagino?
- E se for melhor do que você jamais sonhou?
- E se você for só uma esperança boba, me dizendo o que quero ouvir?
- E se eu for perseverança, não te deixando desistir?"

segunda-feira, 6 de maio de 2019

domingo, 5 de maio de 2019

"Feliz mesmo é quem se perdoa.
Que encara os erros como aprendizado e quando cai levanta mais forte.
Sorte de quem entende que a possibilidade de acertar sempre não existe pra ninguém e coloca as falhas na conta da maturidade e do que não deve ser repetido - e só.
Sem se cobrar demais, se culpar excessivamente, se condenar por erros que todo mundo comete o tempo inteiro.
Feliz é quem desliga o celular por algumas horas, que não está sempre disponível para os outros, que perde algum tempo olhando pra dentro e cuidando mais de si mesmo. 
Feliz é quem se permite. Que se acha boa companhia pra si mesmo, e consegue se desligar do mundo lá fora, com filme, um livro, chocolate quente, edredom e amor-próprio. (que vai muito bem, obrigada.)
Feliz é quem percebe que maturidade também é construída com fracassos e alguns tombos, não vive se sentindo vítima do mundo e da maldade alheia, não perde tempo remoendo os 'nãos' e frustrações, que afinal, fazem parte da vida de todos nós.
Feliz é quem busca evoluir sem pressionar a si mesmo, sem viver inquieto por não estar onde gostaria ou não ter o que/quem tanto deseja.
Feliz mesmo é quem se aceita, se ama e se deixa em paz".

- Karla Tabalipa



sábado, 4 de maio de 2019

"Não carregue nas costas o que já passou.
Pesos desnecessários paralisam a caminhada.
Leve apenas os aprendizados".
- By Nina

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Veteranos de guerra


"Quando se fala de amor, muitos usam palavras bélicas, como luta, batalha, conflito. Amar pode ser uma guerrilha diária mesmo.

Isso me faz lembrar os desfiles de veteranos de guerra que a gente vê em filmes, homens uniformizados em suas cadeiras de roda apresentando suas medalhas e também suas amputações. Se o amor e a guerra se assemelham, poderíamos imaginar também um desfile de mulheres sobreviventes desse embate no qual poucos conseguem sair ilesos. Não se perde uma perna ou braço, mas muitos perdem o juízo e alguns até a fé.

Depois de uma certa idade, somos todos veteranos de alguma relação amorosa que deixou cicatrizes. Todos. Há inclusive os que trazem marcas imperceptíveis a olho nu, pois não são sobreviventes do que lhes aconteceu, e sim do que não lhes aconteceu: sobreviveram à irrealização de seus sonhos, que é algo que machuca muito mais. São os veteranos da solidão.

Há aqueles que viveram um amor de juventude que terminou cedo demais, seja por pressa, inexperiência ou imaturidade. Casam-se, depois, com outra pessoa, constituem família e são felizes, mas dói uma ausência do passado, aquela pequena batalha perdida.

Há os que amaram uma vez em silêncio, sem se declararem, e trazem dentro do peito essa granada que não foi detonada. Há os que se declararam e foram rejeitados, e a granada estraçalhou tudo por dentro, mesmo que ninguém tenha notado. E há os que viveram amores ardentes, explosivos, computando vitórias e derrotas diárias: saem com talhos na alma, porém mais fortes do que antes.

Há os que preferem não se arriscar: mantém-se na mesma trincheira sem se mover, escondidos da guerra, mas ela os alcança, sorrateira, e lhes apresenta um espelho para que vejam suas rugas e seu olhar opaco, as marcas precoces que surgem nos que, por medo de se ferir, optaram por não viver.

Há os que têm a sorte de um amor tranquilo: foram convocados para serem os enfermeiros do acampamento, os motoristas da tropa, estão ali para servir e não para brigar na linha de frente, e sobrevivem sem nem uma unha quebrada, mas desfilam mesmo assim, vitoriosos, porque foram imprescindíveis ao limpar o sangue dos outros.

Há os que sofrem quando a guerra acaba, pois ao menos tinham um ideal, e agora não sabem o que fazer com um futuro de paz.

Há os que se apaixonam por seus inimigos. A esses, o céu e o inferno estão prometidos.

E há os que não resistem até o final da história: morrem durante a luta e viram memória.

Todos são convocados quando jovens. Mas é no desfile final que se saberá quem conquistou medalhas por bravura e conseguiu, em meio ao caos, às neuras e às mutilações, manter o coração ainda batendo".

- Martha Medeiros


quinta-feira, 2 de maio de 2019

“O livro… me fascina. Eu fui criada no mundo. Sem orientação materna. 
Mas os livros guiaram os meus pensamentos. 
Evitando os abismos que encontramos na vida. 
Benditas as horas que passei lendo. 
Cheguei a conclusão que é o pobre quem deve ler. 
Porque o livro é a bussola que há de orientar o homem no porvir …”.

- Carolina Maria de Jesus em "Meu Estranho Diário"


quarta-feira, 1 de maio de 2019

"E a gente vai vivendo e aprendendo que o que temos de mais precioso não é o que nossas mãos alcançam, mas o que o nosso coração abraça...