"se eu for o primeiro de nós a morrer,
não deixe isso escurecer seu céu.
seja ousado mas modesto em seu luto,
as coisas mudam, mas não pela partida.
a morte é parte da vida,
e os mortos vivem para sempre nos vivos.
todas as riquezas que acumulamos em nossa jornada
os momentos compartilhados, os lugares explorados
as camadas contínuas de intimidades armazenadas
as coisas que nós fizeram rir, chorar e cantar
a alegria da pele iluminada sob o sol ou o primeiro brilho da primavera...
a linguagem sem palavras do olhar, do toque
o saber, o dar e o falar
não são flores que caem, nem árvores que morrem.
nós somos o que fomos.
temos o que tivemos.
então, quando passar nos lugares que estivemos juntos
e olhar em vão à sua volta procurando minha sombra
ou parar onde sempre pararmos
e ao ver algo, por costume, buscar minha mão
e não encontrar nada,
sinta a tristeza se aproximar de você.
fique parado, feche os olhos, e escute meus passos no seu coração
eu não o deixei, só caminho dentro de você agora"
Evelyn, 2018.
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