"É fácil lamentar as vidas que não estamos vivendo.
Fácil desejar que tivéssemos desenvolvido outros talentos,
dito 'sim' para diferentes convites e ofertas.
Fácil desejar ter trabalhado mais, amado mais [...].
Mas não são as vidas que nos arrependemos de não termos vivido
que são o problema de verdade. É o arrependimento em si. [...]
Não dá para dizer se qualquer uma dessas outras versões teria sido melhor ou pior. [...].
Muito do que nós sentiríamos em qualquer vida está disponível para nós.
[...] Amor, riso, medo e dor são moedas universais.
[...] Precisamos ser somente uma pessoa.
Precisamos sentir apenas uma existência.
Não precisamos fazer tudo a fim de ser tudo, porque já somos infinitos.
Enquanto estamos vivos, carregamos em nós um futuro
de possibilidades multifacetada.
Então sejamos gentis com as pessoas em nossa própria existência.
[...] Ontem eu sabia que [...] era impossível, para mim, aceitar a minha vida
como é agora. E, no entanto, hoje, essa mesma vida confusa
parece cheia de esperança. De potencial.
O impossível, acho, acontece com o viver.
Minha vida será milagrosamente livre de dor, desespero, mágoa,
coração partido, dificuldades, solidão, depressão? Não.
Mas eu quero viver?
Sim. Sim.
Mil vezes, sim".
- Matt Haig em "A biblioteca da meia-noite" (p.293-294).
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