segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

 "É fácil lamentar as vidas que não estamos vivendo. 

Fácil desejar que tivéssemos desenvolvido outros talentos, 

dito 'sim' para diferentes convites e ofertas. 

Fácil desejar ter trabalhado mais, amado mais [...].

Mas não são as vidas que nos arrependemos de não termos vivido 

que são o problema de verdade. É o arrependimento em si. [...]

Não dá para dizer se qualquer uma dessas outras versões teria sido melhor ou pior. [...]. 

Muito do que nós sentiríamos em qualquer vida está disponível para nós.

 [...] Amor, riso, medo e dor são moedas universais.

[...] Precisamos ser somente uma pessoa.

Precisamos sentir apenas uma existência. 

Não precisamos fazer tudo a fim de ser tudo, porque já somos infinitos. 

Enquanto estamos vivos, carregamos em nós um futuro

 de possibilidades multifacetada.

Então sejamos gentis com as pessoas em nossa própria existência. 

[...] Ontem eu sabia que [...] era impossível,  para mim, aceitar a minha vida 

como é agora. E, no entanto, hoje, essa mesma vida confusa 

parece cheia de esperança.  De potencial.

O impossível,  acho, acontece com o viver.

Minha vida será milagrosamente livre de dor, desespero, mágoa, 

coração partido, dificuldades, solidão, depressão? Não.

Mas eu quero viver?

Sim. Sim.

Mil vezes, sim".

 - Matt Haig em "A biblioteca da meia-noite" (p.293-294).




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