"eu te amei tanto, você nunca saberá o quanto. uma espécie de amor que era livre de todos os traumas que tenho, porque, pra você, tentei ser o mais limpo e honesto possível. eu abri meu coração como não havia feito pra ninguém antes, e foi especial viver todo este tempo contigo. mas a gente se perde pelo caminho às vezes. e perder você era essencial pra que eu não me perdesse.
quando eu optei por mim, no auge de todas as crises de ansiedade e insegurança, eu estava dizendo: “eu sou mais importante aqui”. eu poderia ter continuado contigo; mas isso significaria viver uma batalha constante entre me afastar cada vez mais de mim mesmo e viver um relacionamento que já não me fazia tão feliz. e eu tinha que me dar a chance de ser completo, inteiro. é muito louco como, agora, sozinho, eu olho pra trás e percebo que o que me mantinha contigo era um medo de não saber como seria a vida depois desse amor imenso que carreguei.
mas a vida caminhou, e eu tenho tentado, dia após dia, gostar da minha própria companhia. gostar de todas as músicas que você não gostava, dos filmes que não assistimos juntos, dos caminhos que eu não andei porque estava ocupado tentando caber dentro de você. e que erro é tentar caber: em pessoas, em lugares, em situações.
te perdi pra não me perder porque se eu me perdesse seria o fim de mim. e nenhuma relação deve nos fazer escolher entre ser feliz com alguém ou se tornar um desconhecido pra si mesmo. hoje eu me conheço e gosto da minha companhia".
- Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente
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