"Pois é, eu acredito em datas e celebrações.
Não para nos atormentar, fazer mais dívidas, cultivar mais ressentimentos, mas para exercer a humanidade amorosa, até onde dá. E para viver alguma coisa além da correria cotidiana.
[...]
Acredito em desejar, por exemplo, um bom novo ano. Mais honesto, mais confiável, mais leve, machucando menos, enganando menos, explorando menos, mutilando menos - ajudando mais, empurrando um pouquinho mais pra cima e pra frente os que estão no desalento. Sim, eu acredito que o novo ano deve servir para um abraço nas pessoas queridas, que o Natal é bom para os reencontros e fazer as pazes.
[...]
Acredito que se pode ter família, filho, também pequeno, para dialogar, trocar afeto, para abrir os olhos, ensinar um pouco a se defender, a produzir, a ver beleza, a se sentir amado e capaz".
Lya Luft em "As coisas humanas (p. 22-24).
Imagem do filme "Uma segunda chance para amar"
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