"Nós nos apaixonamos esperando não encontrar no outro o que sabemos
estar em nós mesmos - toda a covardia, fraqueza, preguiça, desonestidade,
comprometimento e estupidez bruta. Jogamos um laço de amor sobre o escolhido,
e decidimos que tudo o que cair dentro de algum modo estará livre
de nossos defeitos e, portanto, digno de ser amado.
Localizamos no outro uma perfeição que nos ilude dentro de nós mesmos,
e por meio da união com o amado esperamos de alguma forma
manter (contra evidências de todo o autoconhecimento)
uma fé precária na espécie".
- Alain de Botton em "Ensaios de amor" (p. 19).
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