"[...] finalmente, a pessoa enlutada descobre que muito do passado do relacionamento continua a ter importância no planejamento do futuro. Nos estágios iniciais do luto, os enlutados sentem como se tivessem perdido tudo de bom que vinha daquela pessoa que morreu; com o tempo eles descobrirão que isso não é verdade. Assim como os filhos adolescentes podem se separar de seus pais porque agora carregam consigo o mundo presumido destes, quando uma viúva diz 'Ele vive em minha memória' isso é literalmente verdadeiro. O reconhecimento desse vínculo contínuo com o morto (Klass et al, 1996) é uma das coisas que tornam possível deixar que a pessoa se vá, simplesmente porque sabemos que nunca deixaremos de tê-la aqui".
- Colin Murray Parkes em "Amor e perda - as raízes do luto e suas complicações"
(p. 48)
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