"Expliquei para Iva minhas opiniões pessoais sobre a prece. Ou seja, que não me sinto à vontade pedindo coisas específicas para Deus, porque isso me parece uma certa fraqueza de fé. Não gosto de pedir: 'Será que o senhor poderia mudar isto ou aquilo na minha vida que está difícil para mim?' Porque - quem sabe? - Deus pode querer que eu enfrente esse desafio específico por algum motivo. Em vez disso, sinto-me mais confortável rezando para ter coragem para enfrentar tudo que acontecer na minha vida com equanimidade, seja o que for.
Iva escutou com educação e, em seguida, perguntou:
- Onde você arrumou essa ideia idiota?
- Como assim?
- Onde arrumou a ideia de que não pode fazer um pedido ao universo com uma prece? Você faz parte do universo, Liz. Você é um pedaço dele, e tem todo o direito de participar das ações do universo, e de deixar claros os seus sentimentos. Então, diga a sua opinião. Defenda o seu ponto de vista. Acredite em mim: no mínimo, isso vai ser levado em consideração."
- Elizabeth Gilbert em "Comer, rezar, amar" (p. 40)
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