sexta-feira, 23 de julho de 2021

 "Onde se origina a raiva?

Primeiro foi quando o seu melhor amigo foi embora. Aquele que se lembrava de você. Aquele por quem você se apaixonou. Aquele em quem confiava mais do que em si. [...]

Não, não foi onde começou.

[...]

Não, a primeira traição é toda vez que você permanece em silêncio quanto ao que ouve no próprio coração.  Essa é a decepção mais primal, essa inabilidade ou indisponibilidade para confiar no que ouve dentro de si, nessa voz que não tem uma voz sem você.

 Ninguém do lado de fora de você deveria receber o poder de lhe dar um nome [...]. Você carrega o peso de saber quem é. Essa é sua responsabilidade e honra. O tempo para quando você sabe quem é e se autodenomina. O momento presente volta ao passado e cura, agora, aquilo que o machucou lá atrás.

Não existe tempo no amor. Existe apenas intenção. Há apenas a promessa de redenção. Quando nós deixamos esse amor chegar aonde ele nunca esteve antes, aonde estamos machucados. É quando nós reivindicamos o que sempre foi nosso.

Somos dotados dessa presença do amor em nosso interior, e a primeira e a última traição é o momento em que paramos de escutar.  É o momento em que perdemos nossa fé nessa presença que prova que somos mais do que apenas os nossos equívocos, somos mais do que apenas humanos".

- Meggan Watterson em "Maria Madalena Revelada"  (p. 184).






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