domingo, 18 de julho de 2021

 "Deixe que a terra seja hospitaleira. Como é que se faz isso?

Não é nenhuma surpresa. Como se fosse para um convidado, primeiro você providencia a água. Ora, Deus já fez isso por nós. Aqui nos campos,  Deus chama isso de chuva. Que grande anfitrião que Ele é!

Em seguida, você providencia o sol e um pouco de sombra. [...] Ah, que maravilhoso anfitrião que Deus é!

Em último lugar, deixa-se o solo em pousio. O que quer dizer isso? Quer dizer que ele é revirado, mas não é semeado. Ele passa pelo fogo para se preparar para uma nova vida.

Essa é a parte que Deus não faz sozinho. Deus gosta de uma parceria. Cabe a nós completar o que Deus começou. Ninguém quer esse tipo de queimada, esse tipo de fogo. Queremos que o campo fique como foi um dia, na sua beleza original, exatamente como queremos que a vida seja como foi um dia.

Mas o fogo vem. Mesmo que tenhamos medo, ele vem de qualquer jeito, às vezes por acaso, às vezes de propósito, às vezes por motivos que ninguém pode entender, motivos que só são da conta de Deus.

Mas o fogo pode também levar tudo para uma nova direção,  uma vida diferente e nova, uma vida que tenha seus próprios pontos fortes e seus próprios meios de moldar o mundo".


- Clarissa Pinkola Estés em "O jardineiro que tinha fé" (p. 48).




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