segunda-feira, 4 de maio de 2020

Livro: Felicidade Distraída ____________ Fabíola Simões

Gosto dos textos da Fabíola Simões - A soma de todos os afetos.
No livro, textos que comentam a vida em forma de prosa poética.
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“Todos nós passamos por sustos. Por momentos em que a vida nos dá uma rasteira, e não sabemos mais em que solo pisamos. A gente se fere, se fecha, se ressente. Mas é preciso força para ser novamente semente” (p. 09).
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“Somos a concretização dos planos e a finalização de ciclos. Somos a morte de um tempo e a esperança por novos dias. [...] Somos encontro, certeza, realidade é verdade. Somos lembrança, desistência e recomeço. Somos início, somos fim. Somos, acima de tudo, impermanência” (p. 11-12).
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“O que quer que aconteça, é a única coisa que poderia ter acontecido. Os hindus acreditam muito naquilo que chamamos de destino. [...]. Nem sempre estamos onde gostaríamos, vivendo as histórias que sonhamos, mas é preciso aprender a fazer castelos com o punhado de areia de que dispomos” (p. 24).
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“Faça valer a pena. Alguém amaria estar no seu lugar. [...] É preciso amar nossos lugares no mundo e dentro das pessoas. Reconhecer que somos privilegiados pela bagagem que carregamos e pela estrada que trilhamos” (p. 27).
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“A gente nunca sabe quando a vida está prestes a mudar para sempre. Nem sempre conseguimos nos despedir de quem amamos, das ruas onde brincamos, dos sabores que experimentamos. Nem sempre temos a consciência de que aquela será a última vez, e podemos não dar a devida reverência ao que merece ser reverenciado” (p. 31).
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“Saudade é sentimento para ser conjugado no presente, mas denuncia o encontro da alma com aquilo que no passado soube fazer sentido. É o coração sussurrando: ‘a vida é feita de ciclos necessários ...’ e a gente acreditando que está exatamente no lugar que deveria estar, mesmo que carregue o peito cheio de recordações” (p. 34).
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“Para algumas coisas não há remédio senão esperar. Algumas coisas fogem do nosso controle, do nosso domínio, da nossa condução. Assim como o bolo tem o tempo dele para ficar pronto e não há o que fazer senão aguardar - com a porta do forno fechada! -, a vida nos cobra tolerância ao tempo marcado para cada coisa” (p. 53).
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“É um provérbio irlandês que diz: ‘As lágrimas derramadas são amargas, mas mais amargas são as que não se derramam’. Pois reprimir nossas emoções é afundar ainda mais naquilo que causa dor” (p. 59).
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“Nenhum amor, por mais intenso e bonito que tenha sido, pode destruir sua capacidade de sonhar, poetizar e sentir” (p. 63).
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“Alguns amores nos salvam da vida. Por resgatarem quem somos depois que partes de nós mesmos são deixadas pelo caminho. Por fazerem de nossas cicatrizes parte de suas estruturas também. Por acolherem nossa história com delicadeza, transformando o que era imperfeito numa nova possibilidade” (p. 88).
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“Se o tempo voltasse, talvez me machucasse menos. Mas minha falta de cicatrizes não ajudaria a valorizar o momento presente com sabedoria” (p. 135).
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“Somos instantes ... e por isso não se pode deixar para depois qualquer pendência ligada ao coração. [...]
Somos instantes ... e assim todo momento vivido é um momento de crescimento e aprimoramento.
Que a gente aprenda com os erros e acertos, e que permaneça o que nos faz bem” (p. 186).


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