Gosto muito dos textos da Lya Luft e ontem à noite concluí a leitura deste livro. E os trechos que marquei se encaixam perfeitamente no dia de hoje - sincronicidade!
"A alma é sujeita a terremotos e tempestades: para se estabilizar precisa de projetos e afetos. E de acreditar em alguma coisa" (p. 153).
"O presente que estou me dando nesse aniversário é o riso possível: quem não for capaz de uma boa risada, daquelas em que se levanta o rosto, aperta os olhos (formando umas lindas rugas divertidas) e ri abertamente, até de alguma traquinagem da gente mesma, trate de aprender. Pois não sabe o que está perdendo" (p. 153).
"Eu não quereria como parceiro de vida quem não pudesse querer como amigo. E amigos fazem parte de meus alicerces emocionais: são um dos ganhos que a passagem do tempo me concedeu" (p. 156).
"Todos nós, até o último momento, estaremos sendo educados. Pois enquanto respiramos e pensamos, somos criaturas em transformação; até o fim aprendendo, já não com professores, mas com a alegria e a dor, com as perdas e os ganhos - alunos da passagem do tempo e da vontade de descobrir a que afinal viemos, cada um com sua peculiar bagagem" (p. 89).
"Medo faz parte de existir, é uma arma para enfrentar a vida, base da nossa preservação. O mesmo medo que nos leva a recuar também nos ajuda a enfrentar" (p. 95).
"Na menina que fui está a mulher que sou e vou continuar me tornando até o fim. Ali nasceram o trabalho que faço, meus relatos ou minhas invenções. Meus amores e medos, minha inesgotável busca de entendimento de todos os segredos que eu mal adivinhava ao meu redor, perto e longe" (p. 113).
"Que quando nos afastamos isso seja sem dilaceramento ainda que com passageira tristeza, porque todos devem seguir seus caminhos mesmo que signifique alguma distância: e que todo reencontro seja de grandes abraços e boas risadas. Esse é um tipo de amor que independe de presença e tempo" (p. 128).
"Pois o amor também se aprende, cheio de urgência e medo, e mistério, e mil pequenas descobertas sobre o outro e sobre nós mesmos. Não termina nunca, esse aprendizado, e mesmo quando velhinhos, quem sabe sem sexo, a intimidade, a cumplicidade, a confiança, o conforto da outra presença podem nos revelar todos os dias algo novo, e bom" (p. 146).
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