"É preciso ter começado a perder a memória, mesmo que seja só aos pedaços,
para se dar conta de que a memória é o que constitui toda nossa vida.
para se dar conta de que a memória é o que constitui toda nossa vida.
Uma vida sem memória não seria vida, como uma inteligência sem possibilidade
de se expressar não seria inteligência. Nossa memória é nossa coerência,
nossa razão, nossa ação, nosso sentimento. Sem ela não somos nada ...
de se expressar não seria inteligência. Nossa memória é nossa coerência,
nossa razão, nossa ação, nosso sentimento. Sem ela não somos nada ...
A memória, indispensável e portentosa, é também frágil e vulnerável.
Não está ameaçada apenas pelo esquecimento, seu velho inimigo,
mas também pelas falsas lembranças que a invadem dia após dia ...
A memória é invadida continuamente pela imaginação e o sonho e,
já que existe a tentação de acreditar na realidade do imaginário, acabamos por fazer uma verdade de nossa mentira. O que, por outro lado, tem uma importância
apenas relativa, já que uma é tão vital e pessoal quanto a outra".
já que existe a tentação de acreditar na realidade do imaginário, acabamos por fazer uma verdade de nossa mentira. O que, por outro lado, tem uma importância
apenas relativa, já que uma é tão vital e pessoal quanto a outra".
- Luis Buñuel in "Meu último suspiro"
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