"De certa forma, o cliente procura um especialista e precisa encontrar, antes de tudo, um ser humano. Trata-se sem dúvida de um especialista [...] No entanto, [...] A única crença que um terapeuta pode ter no começo é a de que somente um ser humano pode acolher outro ser humano em momentos de intensa angústia, de sofrimento ou de impasses paralisantes. O cliente procura a técnica, o especialista, mas precisa receber primeiro a compaixão, matriz da empatia tão fundamental para a relação terapêutica. A compaixão [...] não significa menosprezo pelo outro ou falta de confiança na capacidade dele de transformar sua dor atual em trampolim para crescimento - a compaixão provém do reconhecimento e do compartilhamento da condição humana, às vezes tão precária diante das demandas da existência."
- Enio Brito Pinto in "A primeira entrevista"
Livro: A clínica, a relação psicoterapêutica e o manejo em Gestalt-Terapia (p. 11-29).
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