sexta-feira, 28 de junho de 2019

"Dói de todos os lados, os de fora, os de dentro, de baixo e de cima, 
nenhuma saída, e você meio cego, meio tonto, só sabe que tem que continuar, 
meio sem esperança, as ilusões despedaçadas, o coração taquicárdico, 
língua seca, e continuando. Continuando. 
Resistimos, aos trancos, já nem sei se foi escolha ou solavanco. 
Difícil arrancar uma certa lucidez disso tudo. Mas sinto que o coração se depura
 (é tão antigo falar em coração…) um pouco mais, em cada porrada”.

- Caio Fernando Abreu em Carta a Suzana Saldanha 


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