"Ser contadora de histórias reais é acolher a vida para transformá-la em narrativa da vida. É só como história contada que podemos existir. Por isso escolhi buscar os invisíveis, os sem-voz, os esquecidos, os proscritos, os não-contados, aqueles à margem da narrativa. Em cada um deles resgatava a mim mesma - me salvava da morte simbólica de uma vida não escrita.
Toda história contada é um corpo que pode existir. É uma apropriação de si pela letra-marca de sua passagem pelo mundo. O ponto-final de quem conta nunca é fim, apenas princípio".
- Eliane Brum in "Meus desacontecimentos" (p. 111)
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