quinta-feira, 11 de julho de 2013

Inspiração

Olá, caro estranho 

Revista Cláudia - Junho/2013

A americana Hannah Brencher venceu a depressão escrevendo cartas para gente desconhecida
“Em tempos de e-mails e redes sociais, escrever cartas pode parecer algo antiquado. Não para a americana Hannah Brencher, 24 anos. Foi de posse de caneta e papel que ela conseguiu superar tempos difíceis e ainda ajudar outras pessoas. A ideia surgiu em 2010, em uma noite fria de outono em que Hannah voltava de metrô para casa. No trem, avistou uma senhora cabisbaixa, com olhar muito triste, e decidiu rascunhar palavras de estímulo para ela. Não entregou a mensagem à estranha, mas teve ali um decisivo estalo. "Na época, estava me sentindo sozinha e deprimida. Resolvi que, daquela maneira, poderia melhorar minha vida e a de gente que estivesse em situação similar’, diz. Isso porque sentiu uma enorme felicidade em traçar aquelas linhas. 


A ação foi repetida 400 vezes nos dez meses seguintes, (…) Hannah deixou envelopes sem remetente e destinatário em parques, hotéis e cafeterias e outros cantos para quem quisesse abrir e ler. Dentro, havia mensagens de amor, incentivo ou amparo, como: "Esta, querido, é uma promessa de que vai aprender a contar consigo mesmo quando decidir que você vale a pena." Para fazer suas cartas anônimas chegarem aos corações mais necessitados, anunciou em seu blog a iniciativa. No outro dia, uma centena de pessoas tinha enviado e-mail implorando por suas palavras. Era todo o tipo de história, da mãe que perdera o filho ao garoto diagnosticado de câncer. 


No ano seguinte, Hannah Brencher quis converter o hobby em trabalho sério e fundou o site colaborativo The World Needs Love Letters (O mundo precisa de mais cartas de amor). (…) Ela descobriu o poder das letras, em parte, por causa de uma imposição familiar. Quando Hannah saiu de casa, a mãe, deixada em outro estado, decretou que, em vez de notícias pelo Facebook, queria manter uma correspondência tradicional. ‘Ela me deu motivos para esperar ao lado da caixa de correio’.” 


- Bianca Castro



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