Olá, caro estranho
Revista Cláudia - Junho/2013
A americana Hannah Brencher venceu a depressão escrevendo cartas para gente desconhecida
“Em tempos de e-mails e redes sociais, escrever cartas pode parecer algo antiquado. Não para a americana Hannah Brencher, 24 anos. Foi de posse de caneta e papel que ela conseguiu superar tempos difíceis e ainda ajudar outras pessoas. A ideia surgiu em 2010, em uma noite fria de outono em que Hannah voltava de metrô para casa. No trem, avistou uma senhora cabisbaixa, com olhar muito triste, e decidiu rascunhar palavras de estímulo para ela. Não entregou a mensagem à estranha, mas teve ali um decisivo estalo. "Na época, estava me sentindo sozinha e deprimida. Resolvi que, daquela maneira, poderia melhorar minha vida e a de gente que estivesse em situação similar’, diz. Isso porque sentiu uma enorme felicidade em traçar aquelas linhas.
A ação foi repetida 400 vezes nos dez meses seguintes, (…) Hannah deixou envelopes sem remetente e destinatário em parques, hotéis e cafeterias e outros cantos para quem quisesse abrir e ler. Dentro, havia mensagens de amor, incentivo ou amparo, como: "Esta, querido, é uma promessa de que vai aprender a contar consigo mesmo quando decidir que você vale a pena." Para fazer suas cartas anônimas chegarem aos corações mais necessitados, anunciou em seu blog a iniciativa. No outro dia, uma centena de pessoas tinha enviado e-mail implorando por suas palavras. Era todo o tipo de história, da mãe que perdera o filho ao garoto diagnosticado de câncer.
No ano seguinte, Hannah Brencher quis converter o hobby em trabalho sério e fundou o site colaborativo The World Needs Love Letters (O mundo precisa de mais cartas de amor). (…) Ela descobriu o poder das letras, em parte, por causa de uma imposição familiar. Quando Hannah saiu de casa, a mãe, deixada em outro estado, decretou que, em vez de notícias pelo Facebook, queria manter uma correspondência tradicional. ‘Ela me deu motivos para esperar ao lado da caixa de correio’.”
No ano seguinte, Hannah Brencher quis converter o hobby em trabalho sério e fundou o site colaborativo The World Needs Love Letters (O mundo precisa de mais cartas de amor). (…) Ela descobriu o poder das letras, em parte, por causa de uma imposição familiar. Quando Hannah saiu de casa, a mãe, deixada em outro estado, decretou que, em vez de notícias pelo Facebook, queria manter uma correspondência tradicional. ‘Ela me deu motivos para esperar ao lado da caixa de correio’.”
- Bianca Castro
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