quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sentir-se amado - Martha Medeiros





"O cara diz que te ama, então tá! Ele te ama. 
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado. 
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. 
Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de 
quilômetros. 

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. 
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que 
zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando 
certo, que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida 
em você quando for preciso. 

Sentir-se amado é ver que ele/a lembra de coisas que você contou há dois 
anos atrás, é vê-lo/a tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela 
fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz 
que você está fazendo uma tempestade em copo d'água. 
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. 
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro. 
Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que 
tudo pode ser dito e compreendido. 

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem 
inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta 
muito tempo. 

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas 
fala; quem não concorda, mas escuta. 
Agora, sente-se e escute: eu te amo não diz tudo!"



Porque às vezes, o que a gente precisa é apenas saber que é amado,
é sentir que vale a pena continuar na caminhada,
é acreditar que vale a pena viver.

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